top of page

5a.Aula de Reforço - Doutrinação

Luis Silva

Já foi dito em “O Livro dos Espíritos” que o homem se desenvolve através do contato social e que no isolamento se embrutece e atrofia. A mediunidade sendo como que um sentido do homem é natural que se manifeste no meio social a espraiar-se entre as criaturas de modo a cumprir o papel transformador que lhe compete. Porque nem todos somos capazes de nos interessar, ao mesmo tempo por muitos assuntos, é natural que os que pela mediunidade se interessam, reúnam-se, identifiquem-se em programas específicos de trabalho, que constituem objetivos dos Centros Espíritas e mais particularmente dos grupos mediúnicos.

É a vivência do ensino de Jesus: “quando duas ou mais pessoas estiverem presentes em meu nome eu estarei entre elas”.

A importância das reuniões mediúnicas, que têm como meta última a regeneração moral da Humanidade, no que se confunde com os objetivos da própria Doutrina Espírita, está a exigir equipes cada vez mais adestradas e conscientes. E isto se dará efetivamente quando todos:

1) Possuírem um único desejo: o de se instruírem e melhorarem. Esta é uma questão que vem sendo bastante discutida nos movimentos espíritas onde percebe-se que a grande maioria das pessoas não tem a preocupação, vontade ou desejo de se tornarem excelentes espíritas ou medianeiros, tanto por questões de comodismo pessoal como falta de consciência evolutiva pois acreditam ser o trabalho mediúnico um fardo, uma imposição espiritual com impactos na vida material.

2) Compreenderem os objetivos e aderirem aos mesmos, ou seja: perfeita comunhão de vistas e de sentimentos. Este é outro ponto importante em discussão pois é perceptível que nem todos os espiritas têm realmente uma formação filosófica, ética e moral que levem a considerar o trabalho mediúnico como uma tarefa de grande relevância individual e coletiva. É comum ouvirmos dizer que a muitos estão na doutrina, mas nem todos carregam a doutrina dentro de si.

3) Se capacitarem, continuamente, para o desempenho da função que executam. Há um grande equívoco por parte dos espíritas quando concluem seus cursos e acharem que já são conhecedores de tudo e que nada mais precisam aprender; em suas conversas usam sempre os mesmos chavões decorados dos livros didáticos e não tem a menor vontade de dar continuidade em estudos, pesquisas e buscar as melhores práticas no desempenho de suas funções.

4) Se pautarem exclusivamente nos seus papéis enquanto outros não lhe forem confiados. Muitos irmãos dentro das searas querem, logo quando adentram, a doutrina fazerem tudo e participarem de tudo e acabam não aprendendo nada e nem fazendo nada corretamente. Então é necessário que cada um realize sua tarefa com discernimento, responsabilidade, ética, dedicação e amor aguardando novos convites que surgirão com o tempo para o desempenho de novos trabalhos. É o amadurecimento natural.

5) Cooperarem reciprocamente uns com os outros. Ainda perdura em muitos grupos a falta da cooperação, empática, seletividade e o egoísmo, onde cada um pensa somente em si, sem ter a preocupação de colaborar tanto nas tarefas como no desenvolvimento do outro. São os trabalhadores orgulhosos, autossuficientes, inatingíveis que pousam de uma capa de falsa humildade diante do trabalho humilde do Cristo.

6) Se estimarem como verdadeiros irmãos. Ainda relacionado ao item anterior, alguns nem mesmo cumprimentam ou sabem os nomes dos seus parceiros de trabalhos e ainda dão às mãos para fecharem correntes magnéticas (?) por onde as ondas não circulam por falta de afinidade. São os chamados nariz empinados das searas espiritas, os autossuficientes que se bastam por si só. Uma pena ainda existir este tipo de pessoas nas rodas de fraternidade da doutrina.

7) Se manterem permanentemente motivados e sintonizados com o comando superior que emana da espiritualidade. Os irmãos precisam sempre estar atentos as orientações e esclarecimentos da espiritualidade para que se cumpra as tarefas de acordo com os dois lados da vida: material e espiritual, havendo coesão, sinergia e afinidade espiritual

8) Não esquecer que “uma reunião é um ser coletivo cujas propriedades são as de seus membros e formam como que um feixe”. Alguns irmãos estão em reuniões, sozinhos consigo mesmos, onde os elos das correntes magnéticas estão soltos, por falta de empatia, antipatia, vaidades, orgulhos e colaborando para que o feixe se quebre dando brechas a instalação do negativo, em todos os aspectos.

Por isso é fundamental no final dos trabalhos estar atentos as falas dos benfeitores que sempre indicarão de forma amorosa onde o grupo esta falhando, onde há necessidade de atenção por parte dos seus membros ou dos seus dirigentes.

Não é fácil a nossa convivência nem dentro do lar e nem mesmo Jesus contou com uma equipe coesa, mas é uma grande oportunidade de apender, crescer e evoluir e quem sabe trabalhar nossos defeitos pessoais que podem fechar tantas portas para a nossa felicidade.

Fica para sua meditação de como você se vê diante do seu grupo de trabalho e qual o esforço que você faz para melhorar sua convivência com ele.

Vocês percebem que estamos aqui contextualizando sentimentos e comportamentos de trabalhadores que “doutrinam” espíritos!!


Aguardamos seus comentários de como poderíamos reverter estas situações para o enriquecimento de um grupo mediúnico.

Posts recentes

Ver tudo

11a. Aula Doutrinação

81. Como tratar, porém, o Espírito que se diz consciente da sua situação, mas que assume a personificação e o linguajar de preto-velho...

10a. Aula - Doutrinação

52. Como o doutrinador deve abrir a reunião para tratamento de doutrinação? Não há uma norma rígida e genérica para a abertura desses...

9a. Aula - Reforço - Doutrinação

32. Pode-se doutrinar o Espírito encarnado que compareça a uma sessão de desobsessão? Pelas informações constantes do capítulo referente...

Comments


bottom of page