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Luis Silva

11a. Aula - Reflexão Mediunica

Analise da Mensagem do Mentor da nossa seara recebida em 30/10:


Quando se fala de mediunidade e se desenvolve a mediunidade devemos sempre ter o cuidado com uma linha muito tênue entre a humildade e a vaidade do medianeiro, onde o julgamento daquilo que “queremos ser” e aquilo que “realmente somos”, mediunicamente, deve estar muito claro ao medianeiro no momento do estudo para que ele não se perca na falsa interpretação da sua verdadeira importância.


Assim o estudo contínuo é indicado justamente para levar o medianeiro ao discernimento da sua atuação, do seu papel mediúnico e da necessidade da sua humildade para conquistar a simpatia dos espíritos mais evoluídos que lhe abrirão as portas da credibilidade e da idoneidade mediúnica.


Devemos lembrar, também, que só a inteligência não é necessária, onde, ela auxilia e muito o espírito, mas o principal sentimento a ser desenvolvido pelo medianeiro é o amor e a humildade. Só que este ensinamento não está nas literaturas, mas nas exemplificações quando realmente o médium busca não só por um trabalho, mas sim pela sua auto iluminação.


Muitas vezes o médium é uma excelente ferramenta, mas ainda não conseguiu compreender o seu verdadeiro papel onde o esquecer a si mesmo a se dedicar ao outro é o ponto fundamental da sua mediunidade, mas ele prefere ainda o “ser visto” e “ser admirado” que acaba sendo o seu papel mais importante dentro de uma seara.

A mediunidade verdadeira é feita em silencio, sem aplausos e reconhecimentos, tornando-se meritória. Muitas vezes nós da espiritualidade deixamos ocorrer fatos justamente para mostrar e exemplificar para os irmãos a presença da vaidade, melindre e orgulho existente nos medianeiros. Um dos casos mais simples é permitir que irmãos inferiores se passem por mentores justamente para mostrar a sintonia com os medianeiros carregam em seus pensamentos e sentimentos.


Comentários do Tio Mário


Eu tenho acompanhado não só na literatura, mas, principalmente, nos muitos anos de trabalho mediúnico que passei pelas casas espíritas, por onde transitei, o quanto a vaidade ainda é o maior entrave ao progresso e motivo de queda dos medianeiros. Os irmãos nesta condição, sem perceber, dão as condições necessárias, para irmãos, inimigos do bem, instalarem eflúvios e pensamentos contrários em si de forma que pouco a pouco começam a mudar seus comportamentos mediante aos trabalhos que realizam.


Características de irritabilidade, rejeição de regras e disciplinas, ausências em trabalhos e reuniões, fuga contínua de compromissos, fuga dos olhares de diretores e lideranças, azedumes, críticas, não aceitação de orientações, ou ao contrário, passividade total, não querer falar, não querer participar das ações da seara ou doenças frequentes são indícios de envolvimentos negativos. Muitas vezes o grau de envolvimento chega ao ponto de fascinação onde o medianeiro se sente acima da média do grupo, não gosta de ouvir, sente-se superior aos outros, critica sempre os demais medianeiros expondo defeitos em suas percepções e assim vão sendo minados até chegar a decadência e afastamento dos trabalhos.


No Bom Caminho eu peço muito nos meus evangelhos que, a cada dia, minha percepção seja aguçada para que eu possa perceber, sentir, ver e escutar tudo que se passa dentro do ambiente mediúnico que não esteja de acordo com a naturalidade da mediunidade e recorro as orações e ao evangelho que “sempre” me deram respostas às minhas dúvidas; depois passo a observar em detalhes os envolvidos nas situações duvidosas e ai munido de elementos busco o confronto com os mentores da casa e dificilmente erro nas minhas conclusões.


Por isso quando percebo que o humano está sobrepondo o espiritual, chamo os medianeiros para uma conversa e orientação espiritual, às vezes, recorrendo a participação dos mentores individuais e ofereço as ajudas necessárias de recuperação; mas quando os medianeiros não gostam ou não querem ser aconselhados eu os coloco de lado tirando-lhe as funções de confiança para não afetar a coletividade.


Logicamente que estes últimos, discordam dos afastamentos criticando as decisões, usando das maledicências, fazendo caras de poucos amigos, mas não dou a importância pois como zelador da seara tenho que pensar no bem coletivo e no número de irmãos que poderiam ser afetados pela inobservância e negligência do medianeiro.


Geralmente o tempo, como melhor conselheiro que não opina, leva os irmãos à razão e as transformações necessárias ou aos afastamentos da seara que se dão dentro da normalidade.


Seria fundamental que todos nós pudéssemos nos sentar numa roda e frente a frente falarmos e ouvirmos as verdades que precisam ser ditas e ouvidas para o bem individual e coletivo já que nos predispomos a sermos intermediários entre estes dois planos; que pudéssemos falar claramente dos envolvimentos sutis que acabam nem sempre sendo percebidos pelos medianeiros e buscarmos através da união, companheirismo a fraternidade os recursos necessários de fortalecimento espiritual mas como disse o tema de hoje, a vaidade e o melindre, frutos do orgulho, ainda não nos permite este exercício de maturidade espiritual.


Desta forma muitos vão pingando de casas em casas sem fidelizar-se a lugar algum sempre encontrando defeitos, críticas, resmungos e terminam suas existências materiais envolvidos por grandes sofrimentos materiais e espirituais.


Segundo o evangelho de Jesus diante da Parábola da Figueira Seca, os médiuns são intérpretes dos espíritos e nestes tempos de renovação social, desempenham uma missão e especial, sendo como arvores que devem dispensar o alimento espiritual aos seus irmãos, mas diante dos maus frutos, Deus lhes retira os dons, que se tornaram inúteis, de suas mãos: a semente que não souberam semear e os deixarão cair como presas dos maus espíritos.


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